"

é de um silêncio pedra

queimando as vozes do não-dito

a distância toda reta

dançando desvios

entre o poema que se começa

e o que pulsa escrito

Thássio Ferreira

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Livros

lagarta chã

Daí a brisa forte e sadia que vem deste novo livro de Thássio Ferreira, muito felizmente chamado lagarta chã. Algo que responde ao mundo, mas anseia o que não se contenta na resposta – antes convoca, aponta, desdobra.

O que temos aqui é, como nunca deixará de ser necessário, um encantamento múltiplo com o ponto mais chão, a coisa mais chã: das turbinas às lagartas, dos mucos às galáxias, passando pelas casas, as plantas, os poetas, os corpos, as parafernálias que fazem uma vida, muitas vidas.

(Guilherme Gontijo Flores)

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Nunca estivemos no Kansas

Vinte e dois contos que transitam por diversos cenários, relações humanas e estruturas narrativas, construindo uma cartografia de arestas e descaminhos, desde um idílio qualquer onde nunca estivemos — individual e coletivamente — até o presente e além.

Parte dos contos reunidos angariou prêmios como Off-Flip (2019) e Prêmio Cidade de Manaus (2020), foi finalista do Prêmio Sesc (2017) e publicada em veículos como Jornal Rascunho, Revista Garupa e Vício Velho.

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agora (depois)

Em seu terceiro livro, Thássio Ferreira desnovela a linha do tempo de uma história de amor, de trás para frente, em 52 poemas organizados em duas partes: um “agora (depois)” instalado com a separação; e o “agora” anterior, do início do relacionamento até sua crise. Dividindo esses dois tempos, um retrato em prosa do momento fatal em que o barco se desamarra do cais.

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Itinerários

Itinerários, de Thássio Ferreira, vencedor do I Concurso Literário Editora UFPR, em sua linguagem agradável, técnica refinada no uso de rimas internas e externas, ritmos cadenciados, ecos verbais e temáticos, bem como suas aliterações e assonâncias sutis, promovem uma poesia impactante que envolve e encanta.

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Revista Vício Velho

Coluna mensal

A palavra

Escavo escavo escavo. A palavra: áspero diamante. Quem há de adestrar suas lâminas, afiadas no que (se) diz, (se) esconde, (se) compreende?

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poemas de carnaval

porque a frivolidade, além de minimamente necessária, é a cara do carnaval. porque Bandeira. porque sim. porque podem não ser grandes poemas, mas gosto deles, e nesta folia que não há, em tempos duros, pequenos afetos despretensiosos talvez sejam o que de melhor eu possa oferecer.

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des-modos

Uma leitura de “Íntimo Desabrigo”, de Tarso de Melo (Dobra Editorial e Alpharrabio Edições, 2017).

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Outras Prosas

A palavra

Escavo escavo escavo. A palavra: áspero diamante. Quem há de adestrar suas lâminas, afiadas no que (se) diz, (se) esconde, (se) compreende?

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A eternidade e seu epílogo

Fazia um frio sutil na sala de espetáculos. Um frio que, entre os espaços da música, era como um retinir metálico, um badalar de sinos, só que esférico. A plateia, imersa em breu e silêncio, era toda olhos e ouvidos atentos e pele arrepiada ao toque daquele frio esférico a preencher os hiatos da melodia feito uma contravoz distante, em tom menor. E então.

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+ Poesia

poemas de carnaval

porque a frivolidade, além de minimamente necessária, é a cara do carnaval. porque Bandeira. porque sim. porque podem não ser grandes poemas, mas gosto deles, e nesta folia que não há, em tempos duros, pequenos afetos despretensiosos talvez sejam o que de melhor eu possa oferecer.

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Audiovisual

Poema “imenseiro”, do livro (DES)NU(DO), no projeto Toda Poesia

Entrevista concedida ao canal AC Literatura

poema “línguas”, do livro Itinerários, para o projeto Sarauzinho, do canal Toma Aí Um Poema

?!

Um pouco de tudo

des-modos

Uma leitura de “Íntimo Desabrigo”, de Tarso de Melo (Dobra Editorial e Alpharrabio Edições, 2017).

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Thássio Ferreira

Poeta e ficcionista, autor do livro de contos Nunca estivemos no Kansas e dos livros de poemas agora (depois), Itinerários e (DES)NU(DO).

Escrevo a coluna Alguma coisa em mim que eu não entendo, na Revista Vício Velho.

Vencedor dos prêmios Cidade de Manaus 2020 e Off-Flip 2019, e finalista do Prêmio Sesc 2017.

Já contribuí em prosa e verso para publicações como Revista Brasileira da Academia Brasileira de Letras, Rascunho, Aboio, O Relevo, Escamandro — poesia tradução & crítica, Ruído Manifesto, Gueto, Mallarmargens, Germina, Revista Ponto (SESI-SP) e InComunidade (Portugal). Em 2022, poemas do meu livro Itinerários foram traduzidos para o castellano rioplatense (una lengua frontera, segundo o tradutor argentino), no blog alpialdelapalabra.

Já colhi rabanetes que eu mesmo plantei.

© Copyright 2023| Thássio Ferreira